que nem sempre as coisas vão ser como eu quero, que amigos nem sempre são amigos. Que as pessoas vão e nem sempre voltam. Talvez um dia eu mesma entenda que querer não é poder e que nem sempre os finais são felizes.
quinta-feira, 23 de junho de 2011
terça-feira, 21 de junho de 2011
Something - Escape the fate (Trecho)
Your guardian angel - The red jumpsuit apparatus.
Just come back to me.
domingo, 19 de junho de 2011
Engraçado, mas olhe o que nos restou. Está tudo escancarado, só não consigo acreditar.Silêncio. Nada. Folhas, fotografias, lembranças rasgadas. Teu perfume fragmentado sobre minhas roupas antigas, e um coração amassado e despedaçado perdido dentro de mim. Tantas expectativas resultaram em tantas mágoas. E se tu pudesses escolher, optaria por ser diferente? Ou melhor, faria diferente? Não nos vemos mais. Não nos falamos mais. Não mantemos mais contato.Já não dói mais, porém hoje, restou a saudade. A nostalgia. As lágrimas que escondi durante um tempo, para não demonstrar que meu chão havia sido arrancado de meus pés. Por tanto tempo fingi não me importar, fingi que não estava machucada. O desespero tomava conta de mim, enquanto te via indo embora por linhas tortuosas. Você por algum acaso, teve conhecimento do quanto eu sofri? De como tua indiferença cortou? Esse nada machuca. Essa merda de silêncio dói, por mais irônico que seja. Tu manténs as lembranças? Lembra-se das tardes incontáveis passadas debaixo das sombras do limoeiro? O segredo que nos rondava, o proibido que acalentava. Vez ou outra, me pego voltando para agosto. Voltando para aquela época que tanto prezei, e que hoje em dia já não faz mais diferença. Se o amor era tanto, por que o fim chegou tão rápido? Se a história era tão bela, por que fiz questão de esquecer? Se era eterno, por que acabou?
domingo, 12 de junho de 2011
Mesmo assim, eu não esquecia dele. Em parte porque seria impossível esquecê-lo, em parte também, principalmente, porque não desejava isso. É verdade, eu o amava. Não com esse amor de carne, de querer tocá-lo e possuí-lo e saber coisas de dentro dele. Era um amor diferente, quase assim feito uma segurança de sabê-lo sempre ali.
Caio Fernando Abreu
segunda-feira, 6 de junho de 2011
“Ele pode estar olhando tuas fotos neste exato momento. Por que não? Passou-se muito tempo, detalhes se perderam. E daí? Pode ser que ele faça as mesmas coisas que você faz escondida, sem deixar rastro nem pistas. Talvez, ele passa a mão na barba mal feita e sinta saudade do quanto você gostava disso. Ou percorra trajetos que eram teus, na tentativa de não deixar que você se disperse das lembranças. As boas. Por escolha ou fatalidade, pouco importa, ele pode pensar em você. Todos os dias. E, ainda assim, preferir o silêncio. Ele pode reler teus bilhetes, procurar o teu cheiro em outros cheiros. Ele pode ouvir as tuas músicas, procurar a tua voz em outras vozes. Quem nos faz falta, acerta o coração como um vento súbito que entra pela janela aberta. Não há escape. Talvez, ele perceba que você faz falta e diferença, de alguma forma, numa noite fria. Você não sabe. Ele pode ser o cara com quem passará aquele tão sonhado verão em Paris. Talvez, ele volte. Ou não.”
(Caio Fernando Abreu.)